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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Aspirina pode reduzir risco de câncer?

Novos estudos realizados no Reino Unido relançam o debate sobre o uso da Aspirina como ferramenta de luta contra o câncer. As pesquisas mostraram os bons resultados do medicamento na prevenção do desenvolvimento de tumores, mas também na diminuição de metástase entre os pacientes doentes. No entanto, os especialistas alertam para os riscos do uso indiscriminado do medicamento, que também pode desencadear graves efeitos colaterais.

Os pequenos comprimidos brancos feitos a base de ácido acetilsalicílico, obtidos em sua origem a partir da casca de salgueiro, quando combatiam as inflamações de nossos antepassados no Egito Antigo, se mostraram mais uma vez eficazes. Se durante muito tempo, graças à sua função analgésica, antitérmica e antiinflamatória, a aspirina foi indicada apenas para o alívio de dores diversas (cabeça, músculos, garganta, febres...), ou ainda, por refinar o sangue e aumentar o tamanho de artérias e vasos capilares, também ajudou nos tratamentos cardiovasculares e na prevenção de alguns tipos de acidentes vasculares cerebrais, vários cientistas se interessam há anos por sua eficácia na luta contra o câncer.

O professor Peter Rothwell, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, é o autor de diversos estudos sobre o assunto. Em uma dessas pesquisas, ele constatou uma queda de 37% no índice de mortalidade por câncer após cinco anos de uso de pequenas doses de Aspirina, além da redução de 36% no risco de metástase entre os pacientes doentes. Uma queda que pode atingir 46% em caso de câncer colorretal, do seio, da próstata e do pulmão. Já o professor Jack Cuzick, diretor do centro de prevenção do câncer a Escola de medicina Barts, em Londres, acaba de preparar, junto com um grupo de peritos internacionais, uma série de recomendações sobre o tema.

No entanto, como lembra o médico Fernando Maluf, chefe do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes da Beneficência Portuguesa de São Paulo, que acompanha atentivamente as pesquisas sobre o assunto, ainda é cedo para falar de cura e esse método de prevenção funciona apenas para alguns tipos de câncer. Além disso, o uso de aspirina por um período prolongado pode ter vários efeitos colaterais negativos, como irritação do estômago e intestino, provocando azia, vômitos, sangramentos internos, úlceras e até perfurações graves no sistema digestivo.

fonte: RFI

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