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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Morre Doris Lessing, escritora britânica vencedora do Prêmio Nobel

Ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura em 2007, morre aos 94 em sua casa em Londres. Considerada uma das maiores escritoras contemporâneas do Reino Unido, ela deixa obra vasta e diversificada, com cerca de 50 títulos.

Doris Lessing, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura em 2007 morreu neste domingo (17/11) aos 94 anos de idade. A morte foi anunciada por Jonathan Clowes, agente e amigo da escritora britânica. "Ela partiu na paz de sua casa em Londres esta manhã", afirmou.


Considerada uma das maiores escritoras contemporâneas do Reino Unido, ela deixa uma obra vasta e diversificada com cerca de 50 títulos publicados ao longo de seis décadas. Seu trabalho inclui romances, críticas ao colonialismo, peças de teatro, contos, poesias, além de duas óperas.

A autora também ficou conhecida por sua militância política de esquerda e por suas posições anticolonialistas, contra o apartheid, e feministas. Crítica impiedosa dos governos da África do Sul e do Zimbábue, Doris teve sua entrada proibida em ambos os países. Na África do Sul, a interdição durou entre 1956 e 1995.

Doris nasceu em 22 de outubro de 1919 em Kermanshah, na Pérsia - atualmente Irã. Filha de pais britânicos – um oficial do exército e uma enfermeira – ela cresceu na Rodésia (atual Zimbábue), para onde a família se mudou quando ela tinha cinco anos de idade. Nascida Doris May Taylor, ela mudou seu nome após o casamento com seu segundo marido, o ativista político alemão, Gottfried Lessing.
"Exemplo de experiência feminina"

Em 2007, Doris Lessing foi laureada com o Prêmio Nobel. Aos 87 anos de idade, ela foi a mulher mais velha a receber a homenagem. A academia Nobel a descreveu como "um exemplo de experiência feminina que, com ceticismo, fogo e poder visionário, faz uma análise de uma civilização dividida".

"Ela era uma escritora maravilhosa, com um espírito fascinante e original. Foi um privilégio trabalhar com ela e ela vai fazer muita falta", lamentou Clowes.

RC/afp/lusa

fonte: DW.DE

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