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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Rússia concede fiança a brasileira e mais 5 estrangeiros do Greenpeace

Um tribunal russo concedeu liberdade sob fiança à brasileira Ana Paula Maciel e a outros cinco ativistas estrangeiros detidos por um protesto do Greenpeace contra a exploração de petróleo no Ártico, uma decisão que, segundo advogados, permitirá que eles voltem para casa enquanto aguardam o julgamento.

Ana Paula e o neozelandês David Haussmann foram os primeiros estrangeiros a obter liberdade sob fiança nas audiências para determinar se 30 pessoas presas no protesto na plataforma em setembro deveriam permanecer em custódia depois de 24 de novembro. Ativistas de Argentina, Canadá, Itália e Polônia também obtiveram o benefício.

Ana Paula, de 31 anos, que durante a audiência segurou um cartaz escrito a mão onde se lia a frase "Prisão ilegal, Vergonha para a Rússia", começou a chorar de alegria ao ouvir a decisão do juiz.

Haussmann, de 49 anos, engenheiro elétrico no Artic Sunrisse, o navio quebra-gelo que o Greenpeace usou no protesto na plataforma petrolífera de Prirazlomnaya, na costa norte da Rússia, descreveu a sentença como vitória do "senso comum".

Todos os 30 ativistas do Greenpeace foram acusados de vandalismo na manifestação, durante a qual os ativistas tentaram escalar uma plataforma de petróleo que é crucial no esforço da Rússia para explorar os recursos do Ártico. Eles podem pegar até sete anos de prisão se forem condenados, em um caso que desencadeou críticas no Ocidente.

Na segunda-feira cortes de São Petersburgo ordenaram a libertação de três russos mediante o pagamento de 2 milhões de rublos (61.300 dólares), mas determinaram que Colin Russell, um australiano, deve continuar preso até 24 de fevereiro.

Os investigadores vêm procurando ampliar em três meses a detenção dos ativistas, procedentes de 18 países, mas o Kremlin pode estar considerando que a libertação de alguns deles sob fiança poderia atenuar as críticas à Rússia, que estará no centro das atenções quando sediar os Jogos Olímpicos de Inverno, em fevereiro.

Líderes ocidentais, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel, expressaram preocupação ao presidente russo, Vladimir Putin, com o caso, e celebridades ocidentais demonstraram apoio aos ativistas do Greenpeace. O ex-beatle Paul McCartney pediu a Putin que ajudasse a conseguir a libertação deles.

Os ativistas que conseguiram fiança somente serão libertados quando depositarem o dinheiro, o que deve ocorrer esta semana.

Os estrangeiros podem deixar a Rússia, mas são obrigados por lei a retornar se convocados pelos investigadores, disse Alexander Mukhortiv, advogado que representa Hussmann e outros ativistas.

A investigação prossegue e ainda não foi fixada a data para o julgamento.


fonte: Reuters BR

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