Desenvolvido no século
XIX, por Charles S. Peirce, William James, John Dewey e
Ferdinand Schiller em Cambridge, Massachusetts o pragmatismo é uma corrente
filosófica que apresenta, como o próprio nome explica, uma forma mais prática, (e
aqui também estou sendo pragmático ao explicar isso), de se encarar a vida. Dessa
forma, possui também aqueles que a seguem religiosamente, no caso, não falo dos
estudiosos e curiosos do assunto, mas aqueles que sem dúvida não conhecem a sua
essência, mas a praticam com grande maestria, os políticos.
Não é de hoje que observamos,
estarrecidos, atitudes de representantes do povo que vão contra as próprias convicções,
políticas/partidárias, tudo em nome de um pragmatismo sem limites e isso não é
um privilégio de poucos, pelo contrário, dificilmente veremos alguém desse meio
que não tenha tomado uma atitude prática.
No Maranhão, estamos
acompanhando um novo desenrolar desse pragmatismo, nas eleições que por aqui já
aportaram, há muito tempo, diga-se de passagem. Flávio Dino (PC do B),
escancarando as portas da sua campanha para João Castelo (PSDB), é no mínimo
estranho para um candidato que se julga o novo, trazer para junto de si a
carcaça velha do atraso, cria de Sarney e principal inimigo político em uma
campanha acirrada para prefeitura de São Luís em 2008, em que não faltaram
acusações, muito mais da parte comunista.
Flávio Dino ao fazer
isso, mostra um total desinteresse por suas convicções políticas e talvez
morais, achincalhando aqueles que verdadeiramente estavam e ainda permanecem
não se sabe até quando, ao seu lado. Mostrando, de fato, estar unicamente
interessado na vitória, a qualquer custo.
Não se pode ver tal
atitude com a praticidade que nos é apresentada, a questão não são os minutos a
mais no programa eleitoral, aceitar um inimigo político, com ideias e
convicções diferentes implica também em concessões, ai pode-se imaginar que
tipo de governo novo Flávio Dino deseja fazer, se já antes disso, se mostra
despreocupado com questões que realmente valem à pena.
Jackson Lago utilizou
da mesma estratégia para vencer as eleições de 2006, não deu outra, os aliados
se afastaram, outros prejudicaram a sua administração, com escândalos visto que
não eram flor que se cheire mesmo e outros, com inação, caso de João Castelo.
Não se sabe exatamente
quais são os efeitos dessa nova aliança à campanha de Flávio Dino, alguns
comemoram, quanto mais, melhor, outros, os verdadeiros aliados, já desanimam
com a possibilidade de mais uma derrota, afinal, o Maranhão não precisa de
alguém com ideias retrogradas, práticas, o mundo não é tão simples, a situação em
que vivemos é complexa sim, e precisa de alguém que pense em como resolver esses
problemas e que para isso é necessário se cercar de pessoas que tenham em comum
vencer essas mazelas, não Sarney.
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