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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Contradição do governo ou da Globo?

Miriam Leitão comentou a crise em Honduras, no programa Bom Dia Brasil de hoje(29/09), começou falando sobre a contradição do governo brasileiro em ter uma embaixada em um país, junto a um governo que não reconhece. Contraditório por que? A embaixada brasileira está naquele país, há quanto tempo? Enquanto o governo era democrático, o Brasil respeitava e reconhecia o governo, diante de um golpe de estado, um governo democrático tende a repudiar um governo golpista, naturalmente. Os Estados Unidos mantém uma embaixada na Venezuela, mesmo discordando e até mesmo intervindo por debaixo dos panos, como na tentativa de golpe de 2002.
Ela continua sua "análise" cobrando do Brasil uma postura menos "seletiva", acompanhe o trecho:
Em outros casos de violação aos direitos individuais em outros países na América Latina, o posicionamento do Brasil não foi tão contundente. E esse é o ponto central. O Brasil tem toda a razão de estar indignado e de defender a democracia e as liberdades democráticas em Honduras. Agora, por que não fez a mesma coisa quando o governo Hugo Chávez fechou emissora de televisão e rádio na Venezuela? Por que não fez a mesma coisa na Argentina que acabou de invadir o jornal Clarín com 200 policiais da Receita Federal claramente pressionando a liberdade de imprensa.
Em primeiro lugar, o governo venezuelano enfrentou uma tentativa de golpe em 2002, com participação decisiva da emissora citada. Em segundo, a emissora não foi fechada, como alguns "jornalistas" insistem em divulgar. Na verdade, ela não teve sua concessão renovada pelo presidente Hugo Chávez, que tem o direito de renovar ou não, foi um caso bem diferente, daquele caso, durante ditadura militar com a extinção da Tv Tupi. O jornal Clarín foi invadido por inspetores da receita federal e não pelo exército ou por pessoas armadas, isso sim, seria intimidação, como acontecia na época da ditadura militar no Brasil. Ela, como jornalista, lembra como fazia o governo militar para intimidar seus companheiros de profissão. Nos dois casos lembrados por ela, os presidentes são de direito e não de fato.
Em outro trecho, veja como ela delira:
Os Estados Unidos estavam esperando essas eleições em Honduras em novembro para tomar uma atitude, mas essas eleições azedaram. Como você pode confiar no resultado de uma eleição que é feita em um país com estado de sítio com esse grau de perturbação social. A ida do Zelaya para lá só aumentou a perturbação social.
Para Miriam Leitão, o Presidente Zelaya deveria ficar esperando de braços cruzados as eleições de novembro. Mas desta forma, como ele faria para participar das eleições fora do seu país? Apenas na cabeça de Leitão isso seria possível. Ela ainda acusa o presidente de direito(Zelaya) como o causador do caos que se encontra Honduras, mas não foi o presidente de fato (Micheletti) que decretou estado de sítio, ameaçou o governo brasileiro e restringiu a liberdade de imprensa? E outra coisa, desde quando os Estados Unidos resolvem problemas dos países em conflitos? Geralmente são eles que criam esses conflitos. E a ONU? Quem respeita? Não seria uma espécie de rainha da Inglaterra? Enquanto, o Brasil é criticado por agir, a ONU e os Estados Unidos são elogiados por sua total inoperância. Isso é o jornalismo Global.

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