Um maranhense quase desconhecido...
SOROR TERESA
... E um dia as monjas foram dar com ela
morta, da cor de um sonho de noivado,
no silêncio cristão da estreita cela,
lábios nos lábios de um Crucificado...
somente a luz de uma piedosa vela
ungia, como um óleo derramado,
o aposento tristíssimo de aquela
que morrera num sonho, sem pecado...
Todo o mosteiro encheu-se de tristeza,
e ninguém soube de que dor escrava
morrera a divinal soror Teresa...
Não creio que, de amor, a morte venha,
mas, sei que a vida da soror boiava
dentro dos olhos do Senhor da Penha...
Papéis Velhos... Roídos pela Traça do Símbolo, 1908
Os estudos na área de Literatura Maranhense, aos poucos, vem contemplando esse insigne poeta. Vale lembrar que o primeiro livro acerca desse literato, foi escrito por um carioca, se não me engano. Lamentavel que não tenha sido por um de seus conterraneos, mas é valido justamente pelo fato de que é mais uma fonte acerca do poeta, o que fortalece os estudos na área.
ResponderExcluirVanessa
Parabens ao dono do blog pelo resgate ao literato!
ResponderExcluirVanessa