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domingo, 14 de julho de 2013

Menores do DF posam com drogas e armas em fotos na “Escola do Crime 121” no facebook

Uma página do Facebook chamada “Escola do Crime 121”, em alusão ao artigo 121, do Código Penal, que trata de homicídio simples reúne adolescentes entre 13 a 17 anos, que posam para fotos com armas e drogas, muitos sem se preocupar em esconder o rosto ou ocultar informações pessoais.
A descrição do grupo, que conseguiu quase 10 mil "curtidas" diz: “Fuja da escola com o caderno e o livro, vamos para o crime cometer homicídio”. Nas discussões, os adolescentes falam sobre drogas, armas e discutem a ação policial. “Hoje em dia morre um polícia e nasce 10 ladrão (SIC). Vida do crime é assim”, diz um menor. 
Há fotos de armas calibre 38 e 40, munições, revólveres carregados, dinheiro, joias, celulares e drogas. Nas imagens é possível ver adolescentes usando uniforme de escolas da rede pública do Distrito Federal, carregando armas e usando drogas. Segundo o Jornal de Brasília, o grupo possui integrantes inclusive fora do DF. Na capital, cerca de cem pessoas teriam relação com a Escola do Crime 121.

Respeito - Durante o dia pelo menos mais de 20 postagens são feitas na página que tem o objetivo de “impor respeito à polícia”. “É uma pressão aos policiais, porque queremos respeito. Eles são contra a gente, se nos encontram na rua batem na nossa cara e chegam na casa da mãe da gente já quebrando a porta”, justifica um adolescente de 15 anos, que se identifica como um dos responsáveis pela página.

Segundo o rapaz, um dos responsáveis pela página já cometeu cinco atos infracionais relacionados a homicídio. “Eu tenho 157 (roubo a mão armada). Minha mãe sabe dos envolvimentos, né? Mas eu não moro com ela. Minha avó dá conselhos, mas no grupo todo mundo se respeita. Andamos em gangue. Não deixa de ser uma vida de risco, porque, apesar do respeito, se alguém der mole, perde”, relata o garoto ao Jornal de Brasília.

Segundo o adolescente, a participação de meninas na Escola do Crime 121 é para “chamar atenção”. “O principal é colocar as meninas para chamar atenção. Elas gostam disso. Pretendemos continuar com a página”, afirma.

Apologia - Segundo o delegado-chefe da Divisão de Comunicação Social da Polícia Civil, Paulo Henrique de Almeida, o link da página foi encaminhado na última quarta (11) à Divisão de Inteligência Policial (Dipo). “Existem outras páginas similares no DF. Costumeiramente a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) já faz esse trabalho”, diz.

Almeida explica que o delito cometido pelos mantenedores do grupo é ato infracional análogo à apologia. “A Divisão de Inteligência vai investigar além da apologia ao crime. Pode ser que se chegue a uma conclusão de tráfico de drogas, associação ao tráfico, porte de arma, formação de quadrilha e até aliciamento de menores”, aponta.

As informações são do Jornal de Brasília. 

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