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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Dilma quer integração entre governo e iniciativa privada

 A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira que os órgãos de fiscalização precisam participar de um esforço conjunto que também inclui governo e iniciativa privada para viabilizar obras que estão sendo construídas pelo país.

"É precisa que haja essa integração entre o governo e a iniciativa privada, mas que os órgãos de fiscalização participem desse esforço para viabilizar a obra", disse Dilma em rápida entrevista, ao ser questionado sobre como dar celeridade a obras de infraestrutura.

Falando depois de cerimônia de inauguração de um trecho da ferrovia Ferronorte, em Rondonópolis, no Mato Grosso, Dilma negou que obras como a Ferrovia Transnordestina e a transposição do Rio São Francisco estejam paralisadas, prometendo que em outubro esta última terá recorde de operários trabalhando.

Fazendo a ressalva de que seu governo "não é perfeito", a presidente aproveitou para criticar o pessimismo que enxerga em alguns segmentos.

"Vou dizer uma coisa para vocês. Não vou dizer que nós somos absolutamente perfeito e que está tudo andando, mas acho que tem um pessimismo adversativo. Outro dia eu vi uma manchete que era assim; 'a inflação está caindo, mas não parece'. Acho estranho."

CONCESSÕES

Dilma voltou a afirmar que "é impossível" fazer concessões rodoviárias sem que sejam cobrados pedágios.

"Eu também não posso fazer uma concessão e levar dez anos para fazer a obra para a qual a concessão foi destinada", disse. "Então eu tenho que viabilizar rapidez com uma taxa de retorno significativa para poder viabilizar a obra, se não tiver uma taxa atrativa, não vai ter ninguém que se interesse, e ao mesmo tempo temos de ter uma tarifa compatível."

A presidente rebateu críticas de que o deságio obtido no leilão do trecho da rodovia BR-050 entre Goiás e Minas Gerais, na quarta-feira, poderia inviabilizar economicamente a obra, cuja concessão foi conquistada por um consórcio de empresas de pequeno porte.

"Hoje eu estava lendo de manhã o jornal e vi uma observação que surpreendeu. Que a empresa que ganhou (o leilão) ganhou porque era aventureira, porque deu um deságio de 42 por cento", disse.

"Você sabe quanto foi o deságio da segunda (colocada)? Foi 38 (por cento) ou 37 (por cento)", argumentou.

(Por Eduardo Simões, em São Paulo)
reuters BR

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