Já perceberam como às vezes é difícil
fazer aquilo que queremos? Pode até ser um desejo simples, que em alguns momentos é ignorado ou deixado de lado por outras “prioridades”, obrigações que nos consomem.
Há quase um mês eu estava com vontade
de tomar milk shake e comer batata-frita. Quem me conhece sabe que eu não
aprecio fast food, mas por algum motivo especial gosto desta combinação. Como a
lanchonete é no caminho entre o trabalho e minha casa, sempre que tenho um dia
estressante costumo parar e fazer esse pedido. Lembro-me de uma série da
HBO em que a personagem principal sempre comia um lanche parecido ao
entardecer, apreciando a vista da cidade de São Paulo. Isso fazia com que ela
se sentisse mais aliviada do estresse diário; e comigo acontece o mesmo.
O
detalhe é que há semanas eu venho ignorando essa vontade. Surgem aqueles
pensamentos de que é uma coisa infantil, que eu não preciso, que já está tarde
e é melhor ir direto pra casa... tudo para fazer com que eu não
realize o meu contentamento. De fato, isso causa uma grande frustração, pois
não fazer algo que se tem vontade é muito chato, mesmo quando é uma
coisa boba.
Hoje a vontade era fácil, amanhã pode
ser que o meu contentamento seja tomar um bom e demorado banho, ir ao cinema ou
conversar com um amigo. São coisas simples, mas necessárias. Então, porque
ignorá-las? Pode chegar um momento em que não poderemos mais realizar e
ficaremos frustrados.
Um dia desses estive no shopping com
uma pessoa que queria comprar um blazer. Ele tinha visto a promoção no dia
anterior e quando chegamos à loja, não havia mais peças na pontuação dele. Foi
preciso tirar do manequim para garantir o produto que tanto queria, ou
seja, quase foi uma oportunidade perdida, pois o blazer estava realmente barato
e era o que ele precisava.
Os exemplos são capitalistas, mas a ideia é válida. Seguir o contentamento não tem nada a
ver com ser impulsivo, inconsequente ou egoísta. É preciso ter
autoconhecimento para saber o que realmente nos satisfaz e, também, a dose certa. Pois o excesso não nos faz bem e então a dica perde
todo valor.
Muitas vezes deixamos de fazer aquilo que queremos de imediato, por um bem maior. Há duas maneiras de viver, uma seguindo os seus desejos imediatos, e outra evitando-os por algum propósito. Porém a forma mais saudável para vivermos, parece ser a temperança. Não viver uma vida amarga em busca de algo que talvez você nunca atinja, mas ter o cuidado para que as suas atitudes não lhe impeçam de chegar lá!
ResponderExcluirA sabedoria nos faz aproveitar cada momento com a intensidade que merece.
ExcluirAgradecemos a sua opinião, continue lendo o Resenha Critica.