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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Memória Curta


No dia 08/07/08, a polícia federal prendia o banqueiro, durante a Operação Satiagraha. A polícia investigava os desdobramentos do caso mensalão, cujo principal alvo era o presidente Lula e seus aliados. No dia 09/07/08, o presidente do STF, Gilmar Mendes, liberava o banqueiro, sua irmã e mais nove pessoas, sendo que antes já havia feitos declarações contra a ESPETACULARIZAÇÃO do caso. Foi também, nesse período que foi discutido pela primeira vez na história o uso indevido das algemas:
O uso de algemas, registrado nas imagens de TV e também em fotografias estampadas nos jornais, incomodou autoridades federais que criticaram publicamente o método.
Porém, Corrêa defendeu hoje a atuação da PF e disse que o método foi correto. Segundo ele, o debate é gerado porque envolve denunciados que têm alto poder aquisitivo.
"O uso de algemas é uma regra geral. É uma questão de segurança, de padrão procedimental, isso causa algum debate por causa do nível social dos presos", disse Corrêa. "Nosso tratamento é o mesmo [para todos]. Tratamento igual a todos perante à lei." (http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u421068.shtml)
No dia 11/07/08, o presidente Gilmar Mendes encaminha à Corregedoria Nacional de Justiça denúncia que seu gabinete foi monitorado pela polícia federal e pede providências imediatas. Esse é o inicio das matérias de veja, globo, folha, estadão sobre a república dos grampos, o caso começa a se inverter, o delegado Protogénes Queirós de acusador passa a réu, Dantas de vilão torna-se vítima.
Segundo Brossard, o uso disseminado de grampos telefônicos em investigações indica um resquício de autoritarismo, "que destruiu o conceito de legalidade". Para ele, os juízes erram ao permitir que a quebra de sigilo seja regra. "O uso do poder é um convite ao excesso." Embora tenha evitado comentar detalhes da polêmica envolvendo a prisão e a liberação do banqueiro Daniel Dantas, Brossard afirma que a disputa entre instâncias do Judiciário abriu uma crise inédita e de conseqüências imprevisíveis para o Poder (http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u422106.shtml)
Bom, em resumo foi mais ou menos isso o que aconteceu, hoje temos um novo escândalo na mídia, o presidente do Senado José Sarney é alvo de investigações e denúncias liberadas a conta-gotas pela mídia nacional. Mas, o que há por trás disso tudo? Os grampos utilizados contra Sarney agora são legais? O presidente Gilmar Mendes não se mostra indignado contra a ESPETACULARIZAÇÃO da mídia. Então, o que aconteceu?
O presidente do Senado não é Santo, as denúncias contra ele são conhecidas, não de hoje, mas de longo tempo. E não envolve apenas ele, mas também uma grande parcela de seus colegas do Congresso. Por que ele é o único alvo? Será que expurgando Sarney da vida política brasileira todos os males que afetam a nação serão exterminados? Difícil de acreditar...

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